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O Dia Internacional da Menina deveria ser todos os dias

Por Carolina Avólio

Meninas de todo o mundo participam de campanha para celebrar o Dia Internacional da Menina. (Foto: The Global Goals/ONU)

A cada dez minutos uma menina morre vítima de violência. O preocupante dado do UNICEF revela a triste realidade de milhares de garotas que são submetidas a inúmeras atrocidades: violência doméstica, mutilação genital, tráfico e abuso sexual, casamento infantil, discriminação, exclusão do sistema educacional etc. No dia 11 de outubro é comemorado o Dia Internacional da Menina, data dedicada a lembrar a luta e a resistência de milhões de mulheres que foram forçadas a batalhar desde a primeira infância. 

Celebrada desde 2012, a data foi instituída pela ONU como uma forma de abordar os desafios enfrentados, promovendo o empoderamento e o cumprimento dos direitos humanos. Ainda segundo a Organização, 63 milhões de meninas foram submetidas à mutilação genital, 130 milhões estão fora da escola e 71% das vítimas do tráfico humano são mulheres. Outro fator preocupante são as guerras, que afetam 535 milhões de crianças no mundo todo. As crises humanitárias agravam o cenário para as meninas, acrescentando mais um problema à longa lista de dificuldades enfrentadas – três quartos dos refugiados ou deslocados internos são mulheres e crianças. 

O casamento infantil ainda é um dos principais problemas, restringindo o acesso das meninas à educação. De acordo com a ONG Human Rights Watch, uma em cada quatro crianças se casa antes de completar 18 anos. Um dos fatores contribuintes para a estatística é a falta de posicionamento dos governos em relação ao problema. Além disso, em países que estão passando por conflitos – como é o caso do Sudão do Sul – as meninas têm 2,5 mais chances de serem tiradas da escola e de serem violentadas sexualmente. 

A campanha pela causa repercutiu nas redes sociais e a ONU lançou um vídeo em parceria com a Beyoncé, no qual jovens de todo o mundo cantam a música Freedom, da cantora. Também são exibidos dados que reforçam a necessidade de lutar pela liberdade e igualdade de gênero, relembrando quando as lideranças mundiais assinaram as Metas de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, com o objetivo de proteger as jovens em situação de risco.

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