Por Lara Sylvia
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Tatuagem médica para auxiliar no cuidado com pessoas diabéticas. Foto por: Diabetes Daily Grinds |
Apesar de já terem sido criminalizadas há algum tempo e de gerarem certo preconceito até hoje, as tatuagens são uma tendência mundial. Ainda que sejam comumente usadas para fins estéticos, atualmente as
tattoos também passaram a ter uma relação direta com a saúde. Tornaram-se muito comuns as tatuagens que ajudam a recuperar significativamente a autoestima de inúmeras
pessoas. Muitas delas tem a finalidade de cobrir cicatrizes indesejáveis, como as resultadas de cirurgias, acidentes e automutilação por distúrbios psicológicos, ou as de técnicas 3D que visam a reconstituição dos mamilos e aréolas em mulheres que precisaram fazer mastectomia devido ao câncer de mama.
Além da importância para o amor próprio, recentemente foi descoberta mais uma surpreendente função para esse tipo de arte na pele. As chamadas tatuagens médicas identificam problemas de saúde que podem ser um risco para a vida da pessoa caso ela precise de atendimento médico em uma emergência e esteja sozinha, inconsciente ou sem uma carteirinha ou etiqueta de identificação no RG indicando as causas de suas reações alérgicas.
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Tatuagem médica que evita o uso de penicilina nesse paciente. Foto por: Reprodução |
Muitos portadores de doenças crônicas como diabetes, que não podem receber soro glicosado, e alergias, como por exemplo, ao látex das luvas hospitalares, glúten, remédios tal como dipirona, penicilina, ibuprofeno, paracetamol, nimesulida e ácido acetilsalicílico registram sua condição no corpo para que caso passem mal, tenham uma crise de hipoglicemia, desmaiem ou sofram um acidente não sejam prejudicados durante a prestação de socorro e o atendimento médico.
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Alerta de alergia a medicamentos. Foto por: Lauanne Araujo |
Em entrevista ao Catraca Livre, Caio Gonçalves, que sofre com a doença por excesso de glicose no sangue, explica: "O diabético, no dia a dia, ele é uma pessoa comum. Você não consegue olhar para uma pessoa e dizer que ela é diabética, por exemplo, principalmente no tipo 1. Mas no trato dessa pessoa, ela tem algumas especificidades. Tem medicamento que não se pode usar, então, em alguma emergência, é importante que quem vai ajudar identifique se aquela pessoa tem diabetes ou não." Veja o vídeo de Caio fazendo sua tatuagem funcional
aqui.
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Tattoo contendo o círculo azul que representa a diabetes. Foto por: Belle Maia Fotografia |
Também existem indivíduos que optam por tatuar alguma enfermidade que comprometa a sua memória, como Alzheimer, junto a algum telefone emergencial ou para contato, com o intuito de que possam ser rapidamente identificados e encontrados pela família na hipótese de se perderem, não conseguirem lembrar quem são ou como voltar para casa. Em outros casos, como os de surdez, a pessoa tatua algo que simbolize a deficiência auditiva próximo à orelha para que os outros tenham conhecimento de sua dificuldade.
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Tatuagem de Elisa indicando surdez. Foto por: @raingoose |
As "tatuagens do bem" geralmente são feitas em alguma parte visível do braço, pois geralmente as substâncias são injetadas nessa parte do corpo em casos de urgência. Elas podem conter algum desenho escolhido pelo próprio tatuado, a letra estilizada ou algum símbolo ou sigla médicos que possam ser facilmente entendidos por profissionais da saúde. Algumas pessoas preferem estampar o alerta em sua pele em diversas línguas, pois assim podem ser socorridas corretamente em qualquer país que estiverem. Essas
tattoos têm sido uma forma de precaução muito eficaz e requisitada, visto que concilia algo que interessa muita gente atualmente com algo que pode salvar diversas vidas.
Fontes:
Catraca Livre,
Tattoaria,
G1
Acho muito digno! Adorei a reportagem!!!
ResponderExcluirQue bom que gostou!!! Continue acompanhando o blog que terão muitas outras matérias legais!
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