Sob os olhos das lentes
Por Enzo Kfouri
Domingo, 17/09, dia de Corinthians e Vasco no Itaquerão. 28 minutos do 2º Tempo. 0x0. Cruzamento
da esquerda de Marquinhos Gabriel para Jô. O atacante tenta o cabeceio, mas não
consegue e acaba empurrando a bola com o antebraço. Juiz valida o lance. Gol da
vitória para os comandados de Fabio Carille e mais três pontos na tabela.
Por muito tempo, em vários outros domingos e quartas-feiras de futebol brasileiro, irregularidades e erros de arbitragem como esse passaram despercebidos. Entretanto, essa realidade está prestes a acabar. A CBF, após a péssima repercussão que o lance teve, resolveu finalmente adotar o sistema de arbitragem de vídeo, já presente há muito tempo em outros esportes, como o vôlei, o tênis e o atletismo.
Por muito tempo, em vários outros domingos e quartas-feiras de futebol brasileiro, irregularidades e erros de arbitragem como esse passaram despercebidos. Entretanto, essa realidade está prestes a acabar. A CBF, após a péssima repercussão que o lance teve, resolveu finalmente adotar o sistema de arbitragem de vídeo, já presente há muito tempo em outros esportes, como o vôlei, o tênis e o atletismo.
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Lance polêmico em que o atacante corintiano Jô empurra a bola com a mão e faz o gol da vitória contra o Vasco. Fonte: Globoesporte |
O VAR (em inglês Video
Assistant Referee, ou em português, Árbitro Assistente de Vídeo), como é
chamado o sistema, entrará em campo para esclarecer dúvidas quanto a jogadas
polêmicas e somente poderá ser solicitado pelo árbitro. A princípio poderá
anular decisões do juiz de campo e valerá para apenas quatro ocasiões: gol,
pênalti, cartões vermelhos e erros na identificação de jogadores na aplicação
de cartões.
A confederação, que havia
dito que o recurso seria implantado já na rodada do fim de semana passado (23,
24 e 25/09), adiou, porém, a implantação da tecnologia para a 28ª rodada do
campeonato brasileiro, que ocorrerá nos dias 14 e 15/10.
A
justificativa para tal alteração é o fato de que é necessário um curso para os
árbitros que utilizarão os equipamentos, que ocorre entre 20/09 e 11/10. As
aulas englobam, como define a instituição, “aspectos técnicos e práticos para a
habilitação de supervisores de VAR”. O prazo garante um tempo relativamente
razoável para o treinamento dos profissionais, a chegada dos aparelhos e a adaptação
dos estádios.
Novidade
no futebol, esse recurso já é utilizado no vôlei desde o mundial de clubes de
2012 e se torna a cada dia mais imprescindível, presente pela primeira vez em
uma olimpíada nos Jogos Olímpicos do ano passado, no Rio de Janeiro. Seu uso é
diferente, podendo ser pedido pelo técnico, que solicita ao juiz a revisão do
lance. Ao todo são dois pedidos por set, sendo que se o desafio estiver certo,
as solicitações seguem na mesma quantidade, esgotando-se somente caso o recurso
do time esteja equivocado.
Finalmente parece que o futebol se adaptará as novas tecnologias. Passaremos a ver jogos com um pouco mais de imparcialidade e, quem sabe, isso irá contribuir para reduzir a violência nos estádios. Violência que, nesse esporte, atinge níveis absurdos e que não vemos em outras modalidades.
ResponderExcluirTalvez fosse interessante abordar os motivos que fazem somente os torcedores de futebol, a assumir uma atitude tão agressiva.
Sim! Boa ideia, Mauricio! É um assunto bem interessante para se discutir! Irei encaminhar para a reunião de pauta. Realmente a violência no futebol se dá de forma muito mais intensa que nas demais modalidades. Tenho palpites quanto ao motivo disso acontecer, mas falarei disso em um próximo texto, abraços!
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